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TV LIGADA

A coluna TV Ligada passou a ser assinada, a partir de 2003, no jornal Coletivo pelo jornalista, Ardnas Campello, que acompanhou, atentamente, tudo o que acontecia na telinha, registrou aniversários e mortes de artistas, analisou programas, além de ter opinado acerca das transformações na programação das emissoras de televisão que o humorista Sérgio Porto chamou de “máquina de fazer doido.”
   É bem verdade que, naquela época, o veículo ainda era contestado pelos intelectuais que flagrados comentando acerca de uma atração televisiva, justificavam-se dizendo ter assistido o programa “quando, por acaso, passava pela porta do quarto da empregada lá de casa”, o que, entretanto, mudou, Chacrinha passou a ser chamado de um grande comunicador como ficou patenteado nos textos publicados pelo colunista.

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Nessa coluna, publicada no dia 11 de fevereiro de 2003, Ardnas Campello prestou uma homenagem ao ator, José Lewgoy, que morreu no dia anterior, aos 82 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca, após ser um dos artistas com atuação em grande número de filmes, bem como programas de televisão e no teatro.
   O colunista lembrou que Lewgoy, formado, no final dos anos de 1940, em Arte Dramática pela Universidade de Yale, da cidade norte-americana de New Haven, a terceira instituição de ensino mais antiga dos Estados Unidos, encarnou, como poucos, o papel de vilão, interpretando bandidos, malandros, bicheiros e escroques nas chanchadas da Atlântica e em outos filmes e novelas. 

    Foi, portanto, o bastante para que ele tido como temperamento,  garantisse que, em cinco décadas, após ter participado de mais de 130 longas, 30 novelas televisivas, além de algumas peças de teatro, só proferiu um palavrão em cena, no filme Chatô, dirigido e produzido por Guilherme Fontes, sobre a vida e a obra do empresário e jornalista, Assis Chateaubriand, mas, segundo Campello, ele fazia, sempre, questão de afirmar, categoricamente:
   – Palavrão não faz parte do meu dicionário, mas soltei aquele p.q.p em prol da arte.  
 

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Na coluna publicada no Coletivo, na edição do dia 20 de maio de 2003, o colunista lembrou que, no programa da Hebe Camargo, apresentado no dia anterior, pelo SBT, o cantor e compositor, que se chamava José José Bispo Clementino dos Santos (Rio de Janeiro (RJ), 12 de maio de 1913 – Rio de Janeiro (RJ), 14 de junho de 2008) ajudou a aumentar a audiência da atração, exibida às segundas-feiras.
Além de cantar alguns de seus sucessos, que já naquela época eram clássicos da MPB e consolidavam uma carreira de interprete e de cantor de sambs-enredos da Esrtação Primeira de Mangueira, Jamelão respondeu às pergunts formuladas pela mais famosa loura da telinha, sempre com seu humor característico, como quando Hebe tentou, como sempre fazia, lhe dar um selinho (beijo) em sua boca:
– Faz isso, não, Dona Hebe. A patroa está li e já deve estar dando socos na mesa. Assim, eu desmaio.
Em outra coluna, Campello lembrou de um pedido feito por ele para  um empresário artístico, após contratá-lo para fazer um show em uma casa noturna da cidade do Rio de Janeiro:
–Jamelão me disse que o pagmento teria de ser em dinheiro e a importância maior do que a que iria constar do contrato.
O empresário quis saber porque o motivo daquele exigência e o famoso sambista explicou:
– Esse dinheiro vai para o caixa 2 e como fica fora do controle da patroa, posso usar para me esbaldar por aí.

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