top of page
Repórter exterior

REPORTAGENS

Nessa coluna você encontrará algumas das inúmeras reportagens que o jornalista Gilson Rebello realizou ao longo dos últimos 50 anos.

Our Features

Functionality You Will Love

01

Eco-Friendly Design

We would not be who we are without our eco-friendly design, which is at the core of our strategy. We are constantly working to improve our offerings and expand upon our capabilities when it comes to design and production. Get in touch to learn more.

03

Multilingual Functionality

In today's globalized world, chances are you are interacting with people from more than just one country. This is where our multilingual functionality comes into play. Take advantage of this unique capability to expand your reach.

02

24/7 Support

Our customers deserve the highest level of support, and we work tirelessly to maintain those standards. When you choose to work with our team, know that you are consistently choosing quality and excellence. Customer service is at the heart of everything that we do.

04

Advanced Tech

We are constantly working to improve our offerings and expand upon our technological capabilities. Our expert team of professionals is passionate about developing the most advanced tech on the market. Ready to experience the future? Get in touch.

Reportagens_page-0001.jp

Essa matéria, publicada pelo O Estado de S. Paulo (foto) e pelo Jornal da Tarde, no dia 27/06/1979, foi acerca do lançamento do primeiro LP do cantor e compositor Nelson Sargento, cujo nome verdadeiro era Nelson Mattos  (25 de julho de 1924 – 27 de maio de 2021), um carioca nascido no Morro da Mangueira.

O lançamento aconteceu, na noite anterior, na quadra de ensaios da Estação Primeira de Mangueira, na Rua Visconde de Niterói, 1072, no bairro do mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro, e ele, além de autografar as capas do disco, cantou algumas de suas músicas, inclusive o já famoso samba, Agoniza, mas não morre, gravado pela cantora Beth Carvalho.

Pautado pelos dois jornais para cobrir o evento, encontrei na quadra da Verde e Rosa, também chamada de Palácio do Samba, o jornalista, Tim Lopes, que morou, em Mangueira, ainda menino, e acompanhou  a obra musical de Nelson Sargento, composta por ele nas rodas de samba nas biroscas e tendinhas do morro.

“Apesar disso, só agora ele, aos 55 anos de idade, conseguiu gravar o seu primeiro disco, lançado em uma hora boa porque todos vão poder conhecer a veia poética de um homem que, antes de tudo, é um poeta popular” – disse Tim acrescentando que o LP ganhou o título de Sonho de um sambista.

Ainda segundo o jornalista, que foi um dos mais brilhantes de sua geração, o ex-sargento do Exército, daí o apelido que incorporou ao nome artístico, tinha um grande repertório inédito “e, com certeza, ele não vai parar nesse disco. Outros virão e vão, também fazer sucesso, escrevendo um novo capítulo na história da Música Popular Brasileira (MPB).”

Tim lembrou, ainda, que o disco foi produzido por Pelão (João Carlos Boteezelli), também famoso nos bares cariocas pelo modo como bebia chope, servido em canecas de vidro, e destacou que Nelson Sargento é um letrista inspirado, capaz de versos como este do samba Falso amor: “O nosso amor é tão bonito / Ela finge que me ama / E eu finjo que acredito.”

Reportagens_page-0001

Pautado, no dia 27 de maio de 1986, para cobrir o enterro do jornalista e apresentador de televisão Flávio Cavalcanti (Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti), no Cemitério Municipal de Petrópolis (RJ), escrevi a matéria, publicada pelo Jornal da Tarde, na edição do dia seguinte, e eu não pude deixar de lembrar que antes de me tornar jornalista profissional, já assistia aos programas comandados por ele.
Afinal, foram muitos, e com sucesso, entre os quais, Noite de Gala, Programa Flávio Cavalcanti, Um Instante, Maestro!, bem como A Grande Chance, e, não me esqueço do banho de piscina que ele fora obrigado a tomar, após fazer uma entrevista, ao vivo, na casa do então deputado federal, Tenório Cavalcanti, na cidade de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro.
Durante a entrevista, exibida pelo programa, Noite de Gala, da TV Rio, Flávio Cavalcanti, bem ao seu estilo, disse ao entrevistado que estava oferecendo um prêmio, uma alta soma em dinheiro, para ser doado a uma instituição de caridade da cidade, se Tenório Cavalcanti (apesar do sobrenome, não eram parentes) concordasse em deixar um barbeiro raspar a barba que usava há anos.
Sem outra saída, o político concordou, mas após ter o rosto escanhoado, tomou o microfone das mãos do apresentador e falou: “– Agora, seu Flávio Cavalcanti, ofereço o dobro do dinheiro para também ser doado à uma instituição de caridade, se você pular de roupa e tudo na piscina da minha casa”, e não restou ao apresentador outra alternativa, senão o mergulho improvisado. 
Em outra ocasião, cobri, na manhã de 20 de novembro de 1974,  a ida de Flávio Cavalcanti à Penitenciária Lemos de Brito, no centro da cidade do Rio de Janeiro, para libertar o cantor, Wilson Simonal, preso, nove dias antes, acusado de extorsão mediante sequestro, mas solto por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Dirigindo seu Mercedes, Flávio Cavalcanti deixou a unidade penitenciária imprimindo grande velocidade no veículo ao perceber que os jornalistas, como eu, então repórter do Diário de Notícias, de plantão em frente do prédio, iriam tentar fotografar e entrevistar o artista que, um dos de mais prestígio junto ao público, viu sua carreira declinar depois desse episódio.
Além disso, lembrei também, de outra coincidência: o polêmico apresentador era irmão de Marilda Barbosa Cavalcanti da Cunha Horta que foi minha professora de Português, na época de estudante do Colégio Pedro II, e durante suas aulas, aproveitava todos os ganchos para falar acerca dele, bem como de seu filho, Francisco Horta (Francisco Luiz Cavalcanti da Cunha Horta), que, recém-formado em Direito, iria se tornar juiz e presidente do Fluminense.
A minha relação com Dona Marilda era a mais cordial possível, acredito até, recordando, hoje, desses fatos, que ela tinha um carinho especial por mim e, segundo relatou, um colega, ao entrar na sala de aula, certa vez, falou:
– Gilson, senta no seu lugar e fica calado – mas o colega advertiu:
– Professora, o Gilson não veio hoje.
Foi então que Dona Marilda não perdeu a pose e afirmou:
– Não faz mal, a bronca vale também para quando ele estiver presente.
A nota triste é que, na noite do dia 25 de outubro de 1975, repórter do jornal O Dia, recebi a incumbência de ligar para o Hospital Miguel Couto para saber o estado de saúde de Dona Marilda que, no dia anterior, tinha sido atropelada, com o marido, o médico, Francisco Alves da Cunha Horta, em frente ao Estádio do Flamengo, na Rua Gilberto Cardoso, na Gávea.
Falei diretamente com o plantonista do hospital e ele me disse para esperar na linha porque ia apurar o caso e pouco depois me disse:
– O nome dela é Marilda Barbosa Cavalcanti da Cunha Horta?
– Sim.
– A paciente, de 63 anos, foi submetida, ontem, a uma delicada intervenção cirúrgica, da qual participou toda a equipe de plantão do hospital, mas, infelizmente, ela acaba de falecer.

Manchetes

Manchetes que marcaram a história de nosso país

bottom of page